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Antes do UFC 218, Jornalista do Combate lembra primeiro título de Jose Aldo em Detroit

Ana Hissa estava no evento em 2010; ela também estará na arena nesta noite


O ano era 2010. Parece pouco tempo, 7 anos atrás. Mas quanta coisa mudou de lá pra cá.

Em 2010 não existia categoria feminina no UFC. O evento ainda não tinha feito o retorno histórico ao Brasil. Anderson Silva reinava entre os médios.

Foi em novembro daquele ano que viemos aqui para o inverno de Detroit. O UFC tinha comprado o WEC, torneio com categorias mais leves, para começar a expandir ainda mais a franquia.
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Com isso, José Aldo, dono so cinturão dos penas do WEC, automaticamente se tornava campeão do UFC.

Eu já acompanhava o Aldo há um tempo. No dia em que ele ganhou o cinturão do WEC, em 2009, foi recebido com uma festa surpresa na academia. Poucos e bons amigos, companheiros de treino.

Uma galera que tinha vivido na pele, junto com ele, toda a luta de um manauara. Que saiu lá da terra dele prometendo para a mãe que iria ver o mar. E retornou um tempo depois com as conchinhas da praia. Determinação sempre foi o sobrenome desse José.

Um José que não mudou nadica. Volta para Detroit, 2010. Eu estava maravilhada, minha primeira viagem internacional cobrindo o UFC. Queria registrar tudo, tocar no octógono, perna tremendo ao encontrar o Bruce Buffer.

Lyoto Machida e Rampage Jackson faziam a luta principal do UFC 123. Mas o momento mais esperado era aquele: o cinturão do UFC sendo entregue para Aldo pelas mãos do Dana White. E Aldo, claro, sendo o Junior de sempre: “nega, nega, quanto tá o jogo do flamengo?” - era a preocupação no momento.

Foi uma noite especial. Voltar para o hotel, ver de perto o assédio dos fãs. Aquilo também era um mundo novo para mim, enquanto jornalista, de ver o potencial que o MMA tinha. A única coisa que podemos deixar para trás são as fotos daquela noite rs (aldo ainda rinha cabelo e eu não entendo pq ninguém nunca me avisou sobre essa franjinha!!!)

De lá para cá, quanta coisa vivemos. Muitas pesagens, muitas defesas de título, muitos treinos, muita luta. Um título de melhor lutador do mundo no MMA Awards. Um filme no CINEMA sobre a vida.

É, mas nada mudou. O Aldo continua sendo o Junior. Aquele menino que anda ali de havaianas pelo bairro do Flamengo, vai de metrô para o Maracanã, trata bem todo mundo, resenha sobre boxe, nba, futebol americano e claro, futebol, como ninguém.

Ah, uma coisa mudou, sim. Ele se tornou o pai da Joana. Um Junior “rústico” como ele gosta de falar. Mas quem já viu ele se derretendo com a filhota sabe o quanto isso tudo agora faz mais sentido para ele.

Quis o destino que o caminho de Aldo voltasse a Michigan. E aqui estamos, sete anos depois.

Nunca vi o Aldo tão sorridente em uma semana de lutas. Parece ter voltado com muita força o prazer, a vontade, o brilho dos olhos que eu registrei quando ele olhou para aquele cinturão pela primeira vez anos atrás.

Que o Junior de todo o sempre fortaleça ainda mais o Aldo dessa noite. E que Detroit seja um novo recomeço para esse menino mais que forte que o mundo.
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