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Bate-Estaca prevê luta "digna de bônus" com Tecia Torres e title-shot em 2018

Número dois no ranking peso-palha, brasileira volta à ação dia 24 de fevereiro


Logo após sua mais recente vitória sobre Claudinha Gadelha no último mês de setembro, Jéssica “Bate-Estaca” Andrade deixou bem claro qual gostaria que fosse seu próximo passo no Ultimate e desafiou Karolina Kowalkiewicz.
A luta chegou a ser acordada, mas um problema de saúde da polonesa a obrigou a retardar seu retorno ao octógono e abriu as portas para que um duelo entre a brasileira e a norte-americana Tecia Torres, marcado para o dia 24 de fevereiro, no UFC Orlando.
“Fiquei triste no primeiro momento, pois queria lutar com a Karolina, mas se ela não está em boa condição de saúde, é melhor ela se cuidar para voltar bem”, disse Jéssica em conversa com a reportagem do UFC Brasil, “Gostei da escolha por Tecia, a respeito muito, pois é uma lutadora que vem crescendo muito na categoria, está buscando seu espaço. Acredito que será uma luta muito dura, e com certeza digna de bônus da noite”.
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É verdade que a divisão peso-palha pela qual Jéssica enfrentará Tecia em fevereiro é completamente diferente daquela na qual ela desafiou Karolina em setembro.
Neste meio tempo, o cinturão trocou de mãos, com a vitória de Rose Namajunas sobre Joanna Jedrzejczyk, e foi aberta a categoria peso-mosca, que levou muitas lutadoras a subirem de peso. Mudanças que agradaram a brasileira.
“Quando a Rose venceu, eu não esperava, mas queria muito que acontecesse, que a Joanna perdesse mesmo”, admitiu a brasileira, “Fiquei feliz pela oportunidade de ver a categoria voltar a girar e dar oportunidade para gente que já lutou (pelo cinturão) tentar novamente. Tem muitas meninas subindo para os 57kg, então a categoria vai ficar mais leve”.

Bate-Estaca contou que viu com surpresa, e um pouco de inveja, o triunfo de Rose Namajunas sobre Joanna no UFC 217, em novembro. Isso porque acredita que seria possível ter vencido a polonesa caso ela adotasse a mesma postura que adotou contra a agora campeã peso-palha do Ultimate.
“A Namajunas entrou muito concentrada, sabia o que tinha que fazer, o estilo de luta que tinha que colocar. Ela sabia que a Joanna defende muito bem as quedas e quando cai, logo levanta, então a Namajunas fez o jogo correto”, disse Jéssica, “Acho que a Joanna nunca pegou uma adversária da mesma altura ou envergadura, e acho que ela subestimou demais a Rose. Comigo, ela não plantou e ficou parada, com a Namajunas foi para cima e não jogou com a cabeça, só com a vontade de vencer”.
“Acho que se precipitou, foi de encontro demais”, continuou, “A Namajunas não se deixou levar pelas provocações, achei até demais o que a Joanna fez, de botar dedo na cara, mão no nariz, achei antidesportivo. Acho que o campeão tem que ser um exemplo e ela não foi”.

Querendo aproveitar a troca de comando na categoria para voltar a brigar pelo título, Jéssica, atual número dois no ranking, sabe que um triunfo contra Torres é essencial e pode ser o passaporte direto para uma nova oportunidade de ser campeã.
“Sem dúvidas uma boa vitória nessa luta credencia à disputa do título, e ambas estão dispostas a ir em busca desse cinturão, e eu estou treinando duro para que isso aconteça”, disse, “Tecia é boa na trocação é muito boa no jiu-jítsu, tem um jogo parecido com o meu, e temos tudo para dar um show de luta para todos que assistirem ao UFC Orlando”.
As expectativas de Jéssica são as melhores possíveis, tanto para sua próxima luta, quanto, de modo geral, para toda sua campanha em 2018. No que depender dela, no começo do próximo ano o assunto de suas entrevistas será “defesa de título”.
“Se Deus quiser, acho que esse ano de 2018 está caminhando para ser o melhor ano para mim, um ano de vitórias, em que eu vou conseguir conquistar meu desejado cinturão e defendê-lo”, disse a brasileira, “Quero ser como a Joanna, mesmo com o cinturão seguir direto lutando. Já estou acostumada a lutar de três a quatro vezes por ano, a cada cinco meses, no máximo, eu luto, então para mim seria muito bom”.
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