Pular para o conteúdo principal
/themes/custom/ufc/assets/img/default-hero.jpg

Para Holloway, ser campeão é a obrigação de enfrentar qualquer um a qualquer hora

Havaiano faz revanche com José Aldo pelo título dos penas no UFC 218


Para o campeão Max Holloway, o duelo com José Aldo faz mais sentido para o brasileiro do que para ele próprio. Afinal, o “Abençoado” destronou Aldo há seis meses, quando o nocauteou em pleno Rio de Janeiro, conquistando o cinturão dos pesos-pena no UFC 212.
Entretanto, quando recebeu a notícia de que seu adversário original para a luta principal do UFC 218, Frankie Edgar, havia se lesionado, Holloway não parou para lamentar ou pensar no futuro. Ele apenas esperou um novo nome. Qualquer um.
“Não tive medo de não lutar. Era só uma questão de quem o UFC escolheria. Eu estava disposto a subir de peso, não importava. Eu estava na melhor preparação da minha vida. Para ser o melhor, você precisa vencer os melhores, e para vencer você precisa lutar e provar porque é o melhor”, disse Holloway, “Eu defenderia meu título, subiria de peso, o que fosse preciso para continuar no card. Eu treinei duro, e foi o que conseguimos. Mal posso esperar. Só quero lutar”.
Mais UFC 218: Brasil x Havaí - nova rivalidade?Os desafios de Aldo | As principais lutas | O trio brasileiro do evento | Raio-x com treinadores
Esta é a mentalidade que o havaiano traz consigo como detentor de um título do UFC: ele não é soberano, intocável, mas, ao invés disso, tem a responsabilidade de fazer com que seu reinado respeite todos os demais atletas da divisão - e isso significa se manter na ativa e aceitar qualquer oponente.
“Eu não escolho lutas, e o nome dele foi escolhido”, disse Holloway, “Ele conquistou muitas coisas, é um dos melhores peso-penas de todos os tempos, então por que não? Bom para ele, é o próximo. E eu posso mostrar que sou o melhor do mundo”.
“Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Com o cinturão. Não quero congelar a divisão, quero fazer tudo correr. É o meu trabalho. Eu devo isso a toda uma categoria”, continuou o campeão, “Eu lutei 10 vezes para conseguir o título interino, e venci 11 lutas para chegar ao cinturão de verdade. Tenho um trabalho, que é ser campeão, e os campeões defendem seus títulos. Os melhores enfrentam os melhores, e assim mantemos o fluxo. Essa é a minha responsabilidade”.

E o que mais mudou desde que Max se tornou o campeão linear dos pesos-pena? Quase tudo, inclusive seu próprio nome. “A vida de campeão tem sido ótima. Ninguém mais me chama de Max, todos me chamam de campeão. É legal, vem com muitas vantagens e responsabilidades. Mas é o que eu queria. Se você não busca isso, por que estaria aqui? Não quero abrir mão disso”.
Mas para não abrir mão disso, Holloway terá que vencer mais uma vez o homem que muitos consideram um dos maiores lutadores de todos os tempos, e que passou ao lado do campeão durante esta entrevista, sem nem desviar o olhar.
Max respeita Aldo, mas não o teme. Para ele, independentemente da interação que exista entre os dois fora do octógono, o que importa é o que acontecerá no sábado.
“Ele nunca olha para você. Nas encaradas, e antes da luta ele não olha para você, só olha para baixo”, disse o havaiano, “Ele só olha para você na hora da luta. No fim das contas, vamos trocar socos então não ligo. Não precisa olhar para mim, não precisamos ser amigos. Estamos prontos, e no sábado podemos resolver as coisas”.
Assine o Combate | Siga o canal do UFC no YouTube