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Blog do Marcelo Alonso

As 4 chances de cinturão para o Brasil no UFC em 2019

Marcelo Alonso aponta os favoritos do país a conquistarem o ouro neste ano

O ano não poderia começar melhor para o MMA nacional. Logo na primeira semana de 2019, Dana White veio a público anunciar a intenção de marcar o duelo entre Jéssica Andrade e Rose Namajunas pelo cinturão peso-palha.

O local ainda não foi oficializado, mas se as informações do Combate.com forem confirmadas, Jéssica lutará em casa, no dia 11 de maio, empurrada por mais de 40 mil paranaenses, que devem lotar a Arena da Baixada, como fizeram na primeira edição do evento no local, em 2016, no UFC 198. A julgar pelo casamento de estilos e levando em conta a atuação de ambas em suas últimas lutas, as chances da paranaense conquistar o terceiro cinturão brasileiro no maior evento de MMA do mundo são bem altas.

Veja também: O que esperar em 2019 no UFC? | Pedro Munhoz encara Cody Garbrandt | Thominhas Almeida retorna no UFC 235

E as possibilidades brasileiras de título em 2019 não se restringem ao peso-palha. Em outras três divisões, pelo menos no papel, nossos lutadores se aproximam do cinturão, em duas ou mais frentes.

No peso pena, por exemplo, se a informação de que Max Holloway subirá para a divisão dos leves se confirmar, faz todo sentido que o vencedor de Aldo (#2) e Moicano (#4) no UFC Fortaleza dispute o cinturão, logo na sequência.

Situação bastante parecida ocorre no peso-galo, onde os brasileiros atacam em três frentes no topo do ranking. Na luta principal do mesmo UFC Fortaleza, a revanche entre Raphael Assunção (#3) e Marlon Moraes (#4) tem grandes chances de definir o próximo desafiante do campeão, TJ Dillashaw. Mas caso a luta não seja muito emocionante, como ocorreu no primeiro encontro entre ambos, quem pode furar a fila dos compatriotas é o paulista Pedro Munhoz. Apesar de ser o 9º do ranking, Munhoz está escalado para enfrentar o ex-campeão Cody Garbrandt (#1) no dia 2 de março no UFC 235. Obviamente Cody é o favorito, mas entra na luta sem nenhuma expectativa de conseguir uma trilogia com o campeão. Situação oposta a do brasileiro, que se conseguir encaixar sua temida guilhotina no ex-campeão, terá grandes chances de conseguir um title-shot.

O fato é que, com Dominick Cruz (#2) recém-operado, não há outras possibilidades a se imaginar para definir o próximo desafiante de Dillashaw. Afinal, dos quatro prováveis desafiantes, três são brasileiros.

Nos médios as chances também são reais, até porque esta é outra divisão onde os brasileiros atacam em três frentes, com Anderson Silva, Ronaldo Jacaré (#3) e Paulo Borrachinha (#7). Apesar de ser o único que não está no ranking, Anderson Silva é o que está mais próximo da chance de disputar o cinturão. Por seu histórico no evento, Dana White já deixou claro que, caso vença Israel Adesanya no UFC 234 (9 de fevereiro na Austrália), o maior peso-médio da história lutará pelo título contra o vencedor da luta entre Robert Whittaker e Kelvin Gastelum.

Pelo quarto ano consecutivo Ronaldo Jacaré está a uma luta do cinturão e assim se mantém após ótimas atuações em 2018, quando nocauteou os duríssimos Derek Brunson e Chris Weidman e perdeu em decisão dividida para o atual desafiante, Kelvin Gastelum. Com a subida de Luke Rockhold para os meio-pesados, Jacaré deverá subir para 2º do ranking ficando atrás apenas de Yoel Romero. Aliás, está nas mãos do cubano o próximo passo de Jacaré. Caso suba para os meio-pesados, Ronaldo voltará a ser o primeiro do ranking. Mas caso Romero tenha sua próxima luta confirmada com Paulo Borrachinha e perca para o 7º do ranking, Borrachinha passaria a frente de Jacaré no ranking e certamente receberia uma chance ao título antes do compatriota.

A verdade é que os próximos passos da divisão dos médios só serão definidos após o UFC Austrália. Tudo depende de como terminará a luta entre Anderson e Adesanya. Caso vença, o Spider lutará na sequência pelo cinturão. Caso Adesanya consiga um nocaute sobre o brasileiro, deverá ser o próximo. Mas uma vitória por pontos do nigeriano poderia mudar todo enredo, com Borrachinha podendo furar a fila, caso consiga mesmo lutar e vencer Romero, que vem de duas guerras de 10 rounds contra o atual campeão. O fato é que as possibilidades ainda são muitas. Só nos resta aguardar os resultados das duas lutas principais do UFC Austrália, no dia 9 de fevereiro.

O fato é que as chances estatísticas de o Brasil conquistar pelo menos mais dois cinturões este ano são altíssimas. As chances reais de cada lutador, bem como a análise técnica de seus futuros combates, serão assunto farto para debatermos aqui no blog nos próximos meses.

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