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Entrevistas

Amanda Ribas relembra lesão que quase a tirou do mundo das lutas

Lutadora se machucou na época em que competia no judô, e teve grande virada na carreira

Antes de ser uma das maiores promessas brasileiras no UFC, Amanda Ribas era uma lutadora de judô que caminhava a passos largos para uma trajetória de sucesso no esporte.

Com participações em diversos campeonatos, incluindo o circuito europeu e pan-americanos, Amanda tinha se classificado em uma seletiva olímpica para ser reserva quando lesionou um dos joelhos e precisou passar por uma cirurgia. “Mas era a primeira cirurgia. Não sei se todo mundo sabe, mas no judô normalmente o pessoal faz (várias) cirurgias, porque é muito competitivo”, disse ela em entrevista ao UFC Brasil.

Um ano depois, um incômodo na mesma região já denunciava que algo poderia estar errado. E a consequência quase tirou Amanda no mundo da luta definitivamente.

“Em um treino eu torci, o menisco entrou e foi rompendo tudo. Eu continuei treinando escondido, e agravou ainda mais a lesão. Um médico disse que a minha cirurgia tinha sido feita errada, então comecei a ir em um tanto de médicos. Teve um médico que falou para o meu pai: ‘(se) a Amanda vai poder lutar depois? Não sei nem se ela vai conseguir andar’, colocando medo”, conta.

“Operei, fiz a fisioterapia certinho, mas não queria mais saber. Foi um baque para mim. Poxa, estou treinando, fazendo tudo certinho, e daí tenho que operar. (...) Cansei, só estava machucando, não estava recebendo porque não competia. Voltei para casa e nem queria saber de comer direito, para você ver o quanto eu fiquei triste [risos]”.

Amanda Ribas, do Brasil, celebra vitória no Octógono

Foi aí que aconteceu uma grande virada na carreira de Amanda. Ela decidiu migrar para o MMA, e depois de dois anos garantiu um contrato com o UFC.

“A decisão de sair do judô foi muito difícil. Foi algo que eu batalhei tanto para conquistar, e dizer que não vai mais competir é uma coisa muito difícil. Muita gente não entende um atleta que demora a se aposentar. A gente treina a vida inteira para chegar onde está e de repente fala que não quer mais’, afirmou.

“Essa fase foi difícil. Para eu ir para o MMA teve um foguinho dentro de mim. Às vezes eu queria, mas eu não queria sentir de novo aquele trauma de se esforçar e no final não chegar a nada. Sinceramente, eu testei. Eu senti que é o que eu quero. Estou sendo feliz”.

Atualmente, Amanda é a número 15 do ranking, com três vitórias no Octógono. Confira a entrevista completa no vídeo acima.

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