Atletas
Dos médios aos meio-pesados: analisando uma tendência
Nesta sexta-feira, o ex-campeão Chris Weidman será mais um atleta chegando aos 93kgs
Os motivos para que um atleta decida mudar de categoria variam de caso a caso: desvantagem física ou dificuldade em bater peso, a busca por novos ares em uma carreira estagnada ou pela consagração de um segundo cinturão, entre outros.
Todavia, nenhuma mudança parece estar acontecendo com maior frequência, em um passado recente, que o saltos dos 84kgs (peso-médio) aos 93kgs (meio-pesado).
Nesta sexta-feira (18), o ex-campeão Chris Weidman faz sua estreia entre os meio-pesados em confronto com Dominick Reyes no UFC Boston, que fará dele o 4º nome notável a fazer essa migração em menos de dois anos - e não o último, visto que Ronaldo Jacaré tem compromisso marcado com Jan Blachowicz no UFC São Paulo.
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Assim como os motivos para mudar, os resultados obtidos por cada atleta na nova categoria também são variados. Abaixo, relembramos os principais casos.
Anthony Smith
Em seis lutas como peso-médio no Ultimate, Anthony Smith construiu um cartel regular, com quatro vitórias e duas derrotas. O nocaute sofrido para Thiago Marreta em fevereiro de 2018 foi sua despedida da categoria, e representou também uma mudança de patamar em sua carreira.
Em menos de seis meses, Smith venceu três compromissos entre os meio-pesados: nocauteou os ex-campeões Rashad Evans e Mauricio Shogun, e finalizou o ex-desafiante Volkan Oezdemir, se credenciando para um confronto com ninguém menos que Jon Jones. Mesmo perdendo para “Bones”, Smith mostrou que, de fato, pertence à elite do novo peso na sequência, finalizando Alexander Gustafsson e se mantendo com a 3ª colocação no ranking.
Thiago Marreta
Após vencer Smith no início do ano passado, Marreta fez mais dois combates nos 84kgs antes de seguir o mesmo caminho do norte-americano. Ao todo, o brasileiro fez um cartel de 10-5 como peso-médio até que uma oportunidade se apresentou para que ele subisse de peso - e não voltasse mais.
Marreta foi escalado para substituir Glover Teixeira na luta principal do UFC São Paulo em 2018 para enfrentar Jimi Manuwa, que eventualmente foi retirado do evento devido a uma lesão e substituído por Eryk Anders. O brasileiro nocauteou Anders e, em seguida, fez o mesmo com Manuwa e Jan Blachowicz, chegando perto de ficar com o título da divisão ao perder por Jones em decisão dividida. Hoje, Thiago é o 2º colocado no ranking dos 93kgs.
Luke Rockhold
No último mês de julho, foi a vez do ex-campeão Luke Rockhold subir de categoria após sofrer duas derrotas em suas últimas três lutas na divisão em que reinou entre 2015 e 2016. Nesse caso, a primeira experiência entre os meio-pesados não foi positiva, e Rockhold foi nocauteado por Jan Blachowicz em sua única luta no peso até o momento.
Chris Weidman
Weidman chega para sua estreia nos 93kgs pressionado por um retrospecto de quatro derrotas nas últimas cinco lutas como peso-médio - todas por nocaute. E ele não terá vida fácil na nova divisão, enfrentando de cara o atual 4º colocado Dominick Reyes, invicto em 11 lutas na carreira, com triunfos sobre nomes do calibre de Jared Cannonier, Ovince Saint Preux e, mais recentemente, Volkan Oezdemir.
Ronaldo Jacaré
No próximo dia 16 de novembro, será a vez de Ronaldo Jacaré se testar em novas águas. O compromisso do brasileiro, que alterna vitórias e derrotas no Octógono desde 2017, será diante do número 5 da divisão, que vem para seu 3º embate consecutivo contra ex-pesos-médios, Jan Blachowicz.
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