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Especialistas analisam: Deiveson Figueiredo x Joseph Benavidez II

Jornalistas especializados na cobertura de MMA dão suas opiniões sobre a disputa do cinturão peso-mosca

Depois de quase cinco meses, o reencontro! Deiveson Figueiredo e Joseph Benavidez medem forças mais uma vez neste sábado (18), quando disputam o cinturão vago do peso-mosca na luta principal do UFC Fight Island 2. 

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E para analisar a revanche, chamamos três jornalistas especializados na cobertura de MMA. Confira as opiniões dos profissionais! 

A revanche entre o Deiveson Figueiredo e Joseph Benavidez tem tudo pra ser uma das melhores lutas do peso-mosca na história. Os dois têm um estilo de luta de buscar o combate, andar pra frente e fazerem lutas movimentadas.

Acho o Benavidez mais rápido, melhor na movimentação de pés, mas o Deiveson mostrou na primeira luta que é mais preciso, ou seja, teve um aproveitamento melhor dos golpes significativos. Nas casas de aposta o brasileiro é o favorito, até pela forma como encerrou a primeira luta, mas antes do nocaute o Benavidez levou bastante perigo pro brasileiro, com um volume de golpes maior.

Muita gente também questionou, principalmente aqui nos EUA, se o choque de cabeças acidental que ocorreu antes do nocaute mudou o rumo da primeira luta. Para o Benavidez essa é a chance de mostrar que sim, e pra isso ele precisa impor o ritmo desde o início sem deixar o brasileiro crescer na luta. Já o Deiveson tem a chance de corrigir todos os erros cometidos no primeiro combate, quando ele não bateu o peso e ficou sem o cinturão apesar de vencer.

Eu acho que ele vai aproveitar essa chance e vai se redimir, e vai fazer isso buscando acabar com a luta de forma ainda mais dominante dessa vez. Eu vejo vitória do brasileiro ou por finalização ou nocaute no terceiro ou quarto round.

Essa luta vai dar o que falar, a começar pelo dia anterior: o da pesagem. Deiveson Figueiredo terá que provar que pode vencer a batalha contra a balança antes de encarar Joseph Benavidez no sábado. E depois de tantos acontecimentos nesta semana, há possibilidades de termos uma surpresa não tão agradável.

Se o combate entre os dois se confirmar na sexta-feira, acredito que o ‘Deus da Guerra’ tenha grandes chances de vencer novamente. No primeiro encontro entre os dois, ele se mostrou muito ágil, tanto no ataque quanto na defesa. Apresentou um excelente jogo de luta agarrada e não deixou a desejar na trocação. Favorito, o brasileiro ainda prometeu entrar mais leve no cage desta vez, o que pode adicionar velocidade ao seu jogo.

Por sua vez, Benavidez terá que driblar o estilo caçador de Deiveson para encaixar um golpe singular que seja recebido sem chance de defesas, ou talvez apostar em uma luta mais longa para colher os frutos de um possível cansaço do rival em uma disputa de cinco assalto. Chances existem, mas seu posto de azarão é justificável.

Que venha a tão aguardada luta, e que desta vez o cinturão vago dos moscas esteja em jogo!

Eu fui um daqueles que, no primeiro encontro, apostou no Joseph Benavidez. Quebrei a cara.

Mas nem foi a barreira psicológica, a síndrome do segundo colocado - que acompanha o americano desde os tempos de WEC - que falou mais alto. Foi a diferença de tamanho, força, potência. Dentro do octógono, Benavidez e Deiveson pareciam lutadores de categorias diferentes e, assim que colidiram, essa discrepância ficou clara. A distância física entre eles, obviamente, segue intacta, mas, também, não quer dizer que o veterano vai cair novamente no segundo round.

Há algumas armadilhas aí. Em primeiro lugar, Benavidez tem a oportunidade de adaptar, mudar o plano de voo pra evitar engajamento franco. Depois, temos que considerar que o brasileiro contraiu o coronavírus em maio e perdeu uma parte importante desse camp. Será que ele bate o peso? Será que o rendimento não ficou comprometido? São questões relevantes porque diante de um Benavidez que não cansa, é completo (excelente em pé, quedas e chão) não se vence estando 70%. Júnior Cigano também despachou Cain Velásquez com facilidade no primeiro encontro e vimos o terror que foram os dois seguintes.

Com essas considerações feitas, ainda acho que tamanho e força farão a diferença aqui. Meu palpite, então, vai pro "Deus da Guerra".

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