Pular para o conteúdo principal
moraes
Entrevistas

Marlon Moraes: “É hora de declarar um novo campeão”

Brasileiro encara Henry Cejudo pelo cinturão peso-galo no UFC 238, neste sábado (8). Confira uma conversa com o brasileiro

O Brasil pode conquistar mais um cinturão do UFC neste sábado (8), quando Marlon Moraes enfrenta Henry Cejudo em luta válida pela coroa do peso-galo no UFC 238.

A luta, no entanto, não é uma mera disputa de título. Cejudo é o campeão da categoria peso-mosca, e dono de uma medalha de ouro nas Olimpíadas de 2008. O cinturão está vago, e Marlon é amplamente favorito do combate apesar de ter apenas dois anos como atleta do Ultimate.

E como ele está se sentindo sobre isso tudo? Só ele pode responder! Abaixo, confira a entrevista com o brasileiro.

UFC: Marlon, você estreou na organização há dois anos e já está disputando o cinturão, entrando como o favorito nas bolsas de aposta contra um campeão de outra categoria. Faltando poucos dias para a luta, consegue resumir como está se sentindo?

MM: Minha cabeça está muito boa, estou muito feliz com essa oportunidade e vou agarrá-la. Eu não cheguei aqui por acaso, foi graças ao meu trabalho, e não só meu, mas da minha equipe, meus amigos, minha família. Agora é coroar esse trabalho tão duro com esse cinturão. 

É a hora de declarar um novo campeão. Eu venho provando nas minhas últimas lutas as minhas qualidades, e tem um oponente duro do outro lado que é campeão de outra categoria. Eu venho provando para todo mundo, luta por luta, onde que eu estou, e é a hora de lutar e decidir quem é o melhor.  


UFC: Você já foi campeão e defendeu o cinturão em outro evento. Como essa experiência te ajuda agora que vai disputar o cinturão do UFC?

MM: Acho que é tudo diferente. Cada luta é uma luta, cada evento é um evento. O UFC é o maior evento do mundo e eu trabalhei toda a minha vida para ser o melhor. A oportunidade chegou, é a chance de mostrar para todo mundo que eu realmente sou o melhor. Eu já fui o melhor em outra organização, mas agora é outra oportunidade, outra luta, e eu estou mais bem preparado do que nunca. Não vou deixar essa chance escapar de jeito nenhum. 

UFC: O Brasil não tem nenhum cinturão masculino no UFC desde 2017. Sente alguma pressão por poder quebrar esse regime?

MM: Eu estava conversando com uma pessoa a estavam me falando isso, que o Brasil não tem nenhum cinturão masculino. Eu não vejo como pressão, eu fico feliz de poder representar o Brasil nessa luta principal, e ser o cara para pegar esse cinturão. Estou muito confiante. Sei que não só mereço, mas também estou preparado para ser campeão dessa categoria. 
 

UFC: Existe uma certa rivalidade entre vocês, e a encarada que aconteceu na coletiva de imprensa em abril foi bastante intensa. Espera que esse clima de rivalidade prevaleça durante a semana de luta?

MM: Vocês não me vêm muitas vezes partindo para esse lado da provocação. Todo mundo sabe a doutrina que eu tenho de respeito, de mostrar quem é o melhor lutador dentro do Octógono, mas eu sou melhor que ele. Eu confio nisso, tenho certeza de que o Brasil vai ter mais um cinturão. Ele acha que ele é melhor, eu acho que sou melhor, nós dois queremos o cinturão, estamos disputando um troféu e não tem como a gente ser amigo. A gente vai entrar lá, um querendo nocautear ou finalizar o outro. Eu tenho certeza de que ele treinou muito, e eu treinei muito, vai ser uma grande luta e estou indo para ser campeão. Não cheguei aqui por acaso e é a minha hora.

UFC: Para finalizar, seu parceiro de treinos Frankie Edgar tem uma disputa de cinturão pela frente também. Pode falar um pouco sobre a luta dele contra o Max Holloway no UFC 240?

MM: Eu comecei a treinar com o Frankie há mais ou menos oito anos. Vim para ajudar ele antes da luta contra o Ben Henderson e gostei muito do clima e dos treinadores, da disciplina do Frankie, de como ele é como pessoa e como lutador. Eu tenho o maior prazer de estar aqui e participar desse camp. Tenho recebido muita ajuda desde que eu cheguei aqui, o cara é sensacional e nunca mudou, desde o primeiro dia que entrei até hoje é a mesma pessoa. Ele treina muito, se dedica muito, e estou muito feliz por ele ter essa oportunidade. Não pode contar ele por fora, ele vem forte, tem um jogo que pode trazer dificuldades para o Max, e a gente está vindo para surpreender e pegar esses dois cinturões. Eu vou ser campeão e o Frankie vem tomar esse cinturão em julho.