Brasileiros fazem a segunda luta mais importante do UFC Fortaleza
O UFC Fortaleza, dia 2 de fevereiro, receberá um confronto curioso e muito aguardado pelos fãs: o ídolo José Aldo contra a revelação Renato Moicano, nos penas.
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A diferença entre os dois lutadores é de apenas 3 anos, não podemos falar que são de gerações diferentes, mas José Aldo despontou como campeão muito cedo e é um dos ídolos do seu próximo rival Renato Moicano. Para entender como Aldo foi um fenômeno, ele conquistou o cinturão do extinto WEC em 2009, época em que Moicano ainda nem lutava profissionalmente MMA.
Quando a luta entre os dois foi confirmada, Moicano repetiu diversas vezes que não iria tentar promover o combate com provocações, pois admira toda a história do rival e pisar no octógono para enfrentá-lo será a realização de um sonho. Em conversa com o UFC Brasil, o atleta de Brasília foi além e disse que Aldo é um dos responsáveis por moldar seu estilo de luta.
"A luta contra o Aldo é a realização de um sonho. Independente de ele ser meu adversário, preciso falar que muitas vezes me inspirei nele, tentei copiar o seu jogo. Assisti demais as lutas dele. Estou muito feliz e vou agarrar essa oportunidade", disse um entusiasmado Renato Moicano.
Mas toda essa admiração ficará de lado quando os dois lutadores fizerem a primeira encarada e pisarem no octógono. E apesar de ser fã do ex-campeão da categoria, Moicano explica que não sabe tudo sobre o estilo de luta do rival e está com seus treinadores estudando muito todos os movimentos de José Aldo.
“Não acredito que vou vencer porque assisti muitas lutas como fã do Aldo, mas, sim, porque estudei bastante e me preparei bem. É muito importante estudar todas as variáveis da luta. O MMA era visto como briga, mas está ganhando destaque e vem se profissionalizando. É importante as equipes conversarem antes das lutas, o esporte de alto nível é decidido em detalhes. A luta é como uma prova de corrida de 100 metros, um milésimo faz a diferença”.
Brasil x Brasil
A principal luta do UFC Fortaleza também será entre brasileiros: Raphael Assunção enfrenta Marlon Moraes. Além disso, o evento ainda conta Livia Souza enfrentando Sarah Frota.
A cultura do público brasileiro vem mudando. Se antes ninguém gostava de assistir atletas da casa dividindo o octógono, hoje boa parte não se incomoda com isso e até faz questão de adotar o seu lado da torcida. Para Moicano, o mais importante é que, independente de quem vencer, o Brasil estará bem representado entre os melhores da categoria.
"Por mais que a minha luta envolva dois brasileiros, ela tinha que ser feita por causa das nossas posições no ranking (Moicano é quarto, Aldo é segundo). Acabei de vencer o Cub Swanson, quinto do ranking, e quero andar sempre para frente. Muitos brasileiros gostam de assistir dois lutadores do país lutando. Claro que é sempre melhor lutar contra estrangeiro, mas não tem o que fazer se tivermos dois atletas do Brasil se destacando”.
