Brasileiro não concordou com decisão dos jurados no UFC 222
O brasileiro Pedro Munhoz viu sua sequência de quatro vitórias consecutivas no octógono ser interrompida no UFC 222, quando foi derrotado por John Dodson em decisão dividida.
Semanas após a luta, e depois de assistir diversas vezes o combate, Pedro ainda não se conformou com as pontuações dadas pelos jurados, e acredita ter feito o suficiente para sair com o braço erguido.
“Esperei bastante tempo após a luta para analisar sem a parte emocional, só com fatos”, contou em entrevista à reportagem do UFC Brasil, “No primeiro round, eu estava estudando mais ele, e no segundo e terceiro, já tinha visto o que ele tinha para oferecer e comecei a colocar bastante pressão. No segundo round, dominei o centro do octógono e conectei mais golpes contundentes. Toda vez que ele vinha para o combate, eu contragolpeava e fazia ele andar para trás novamente”.
“No terceiro round acertei ainda mais ele, coloquei para baixo, controlei na grade e larguei faltando 10 segundos”, continuou o brasileiro, “Foi uma luta em que impus meu ritmo do início ao fim, fui mais agressivo, controlei o octógono por quase 14 minutos em uma luta de 15. O número de golpes foi parecido, mas tive muito mais golpes contundentes. Isso são estatísticas, não coisas que eu acho. Perder desta forma é bem frustrante”.
Munhoz ainda acusou o norte-americano de ter simulado duas vezes ter recebido golpes ilegais durante o duelo.
“Teve dois golpes que ele forjou ter sido na região genital”, disse, “Foi bem limpo, acertou bem na região do umbigo, da bexiga, e com a experiência dele, ele forjou ter sido na região genital”.
Dono da 10ª posição no ranking dos galos, Pedro quer seguir em frente apesar do resultado controverso, e até aceitaria resolver as pendências com Dodson, mas com uma condição.
“Eu até faria uma revanche, mas em cinco rounds, porque assim deixaríamos menos nas mãos dos juízes”, explicou, “No terceiro, eu já via no olho dele que estava pedindo pelo amor de Deus para acabar a luta, já estava correndo. Mais dois rounds eram necessários para eu acabar de machucar ele, buscar um nocaute ou finalização, ou deixar uma coisa mais clara para os juízes”.
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