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Eventos

UFC Filadélfia: Fatos para a história

Chegou a hora de analisar os principais pontos de discussão do evento do último sábado

Mais uma edição do UFC ficou para a conta no último sábado, então chegou a hora de falarmos sobre os principais pontos de discussão do evento da Filadélfia.

O colecionador de bônus dá mais um show

Após sofrer derrotas consecutivas por nocaute para Eddie Alvarez e Dustin Poirier, Justin Gaethje recebeu os olhares de desconfiança de parte da comunidade do MMA: seria ele capaz de fazer frente à elite de uma das divisões mais duras da organização? E até onde seu estilo brigador lhe deixaria ir?


O triunfo por nocaute sobre James Vick já foi um bom indiciativo de que, apesar dos reveses, Gaethje não estava disposto a abrir mão de dar um show ao público e, neste final de semana, ele reafirmou seu compromisso com o espetáculo ao aceitar a trocação com Edson Barboza - um dos strikers mais técnicos e letais dos 70kgs - e nocautear o brasileiro na metade do primeiro round da luta principal do UFC Filadélfia.

Com duas vitórias rápidas sobre dois adversários Top 10, Gaethje se recoloca no seleto grupo que sonha com uma disputa de cinturão ainda em 2019; de quebra, o norte-americano faturou seu sexto bônus em apenas cinco lutas no Ultimate.

O “Coringa” nórdico pede passagem no Top 15

Poucas coisas são tão interessantes ao acompanhar MMA como ver o passo a passo da evolução de um lutador. Jack Hermansson foi um bom exemplo disso neste final de semana.


O sueco-norueguês fazia uma passagem instável na organização ao final de 2017, com três vitórias e duas derrotas. Então, no ano passado, ele mostrou que poderia se tornar um nome relevante para a categoria dos médios com um nocaute sobre Thales Leites e uma finalização sobre Gerald Meerschaert. Neste sábado, veio a afirmação irrefutável de que o “Coringa” merece ser testado entre os melhores, já que ele precisou de apenas 49 segundos para finalizar o então 11º colocado na categoria, David Branch - faixa-preta de jiu-jítsu formado por Renzo Gracie.

Hermansson não é o atleta mais técnico da categoria, mas compensa isso com muito coração - dá para ver em seus olhos como estar no Octógono o empolga. Além disso, ele já provou que possui armas para encerrar suas lutas tanto em pé, como no chão, e de fazer combates bastante divertidos.

Michelle Waterson consegue a vitória que lhe faltava

Ex-campeã peso-átomo do Invicta FC, Michelle Waterson já chegou cercada de expectativa ao Ultimate, o que só aumentou quando ela venceu suas duas primeiras lutas na organização por finalização.


Em seguida, a norte-americana sofreu derrotas consecutivas contra duas adversárias da elite da divisão - a atual campeã Rose Namajunas e Tecia Torres - e foi obrigada a dar vários passos atrás em sua caminhada rumo ao título.

Embalada por duas vitórias, ela teve uma nova oportunidade de enfrentar uma das atletas mais bem conceituadas do peso, a ex-desafiante ao título Karolina Kowalkiewicz, e, desta vez, conseguiu o grande triunfo contra uma oponente do alto escalão da divisão, que lhe permite sonhar com uma disputa de título a curto/médio prazo. Pelo menos ela já se disse tentada a vir ao Brasil ver de perto o confronto entre Namajunas e Jéssica Andrade no UFC 237.

Falando em peso-palha, olho em Marina Rodriguez

O fato de que, em sua estreia na organização, Marina Rodriguez foi escalada para enfrentar uma então Top 15 de sua divisão (Randa Markos), mostra que tipo de expectativa a organização tem sobre a brasileira, contratada após impressionar Dana White no Contender Series.

O empate na ocasião não foi o resultado que Marina esperava, mas o casamento de sua segunda luta contra Alexa Grasso - também ranqueada - provou que a brasileira ainda estava em alta. Grasso se lesionou e acabou substituída pela veterana e ex-campeã do WSOF Jessica Aguilar, contra quem Marina mostrou que toda esperança colocada sobre ela fazia sentido.

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Fora uma chave de braço aplicada pela mexicana no primeiro round, o combate foi totalmente dominado pela brasileira, que mostrou muita superioridade na trocação encaixando violentas combinações de cotoveladas e joelhadas. Nem a perda de um ponto por dedadas acidentais no olho fez Marina correr riscos no placar final.

O peso-palha é, possivelmente, a divisão feminina com maior quantidade de grandes talentos no Ultimate; podem adicionar Marina Rodriguez à esta lista.

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